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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Bolsonaro responde Datena sobre risco de 3ª Guerra Mundial, contato com Trump e EUA x Irã


Em entrevista ao programa Brasil Urgente, de José Luiz Datena, o presidente Jair Bolsonaro apresentou a posição do Brasil diante da escalada de conflitos entre o Irã e os Estados Unidos.

Bolsonaro expôs sua relação com Donald Trump e as expectativas do Brasil no que concerne às interações com ambos os países.

Bolsonaro iniciou a entrevista abordando o estado de saúde de sua família e, em especial, de Michelle Bolsonaro. “Está tudo bem, graças a Deus. (…) A Michelle já está se recuperando, tudo dentro da normalidade. São aquelas cirurgias típicas de mulheres”, relatou o presidente.

Após Datena perguntar a respeito de sua reunião com o General Heleno e o GSI no que tange aos conflitos entre Irã e EUA, Bolsonaro pontuou: “A nossa posição é de se aliar a qualquer país do mundo no combate ao terror. Nós sabemos o que o Irã representa, em grande parte, para os seus vizinhos e para o mundo. Do que levantamos até agora dessa autoridade iraniana que perdeu a vida, ele estaria envolvido em um ataque àquela entidade judia que existia na Argentina.

Era uma pessoa voltada para o terror. Tudo que pudermos fazer para combater o terror, faremos. Somos favoráveis a qualquer medida que combata o terror no mundo”.

No que concerne às preocupações do Brasil em virtude do comércio com o Oriente Médio, inclusive com o Irã, Bolsonaro salientou: “Nós falamos em campanha que faríamos comércio com o mundo todo sem o viés ideológico que, até o penúltimo governo, existiu no Brasil. Sabemos a posição do Irã perante o mundo e o que os árabes pensam a respeito do Irã.

E como os apoios, ou melhor, o abandono de apoios ao Irã vem acontecendo nos últimos anos. Não podemos concordar, em grande parte, com o que acontece lá. Temos uma posição de certa equidistância. Afinal, o Brasil tem os seus problemas. Repito: Nós não nos coadunamos com o terror, onde quer que ele venha a ocorrer no mundo”.

Questionado se teria conversado com Donald Trump após o ataque, Bolsonaro expôs: “Prefiro não tocar nesse assunto. Há pouco tempo, tivemos um problema com os EUA na questão do aço e do alumínio. Preferi manter o sigilo para resolver o problema. Após 30 dias, resolvido o assunto, eu pude falar. Eu tenho uma maneira de ser simples e objetiva e ele também, em todas as vezes em que conversamos.

Agora, o Brasil não tem uma participação ativa no combate ao terror. Apenas protocolar. Por isso, eu prefiro ficar por aqui. Todas as vezes em que senti necessidade, houve um contato e a solução do problema aconteceu”.
(…) “Muitas vezes, ao abrir para a imprensa, a solução se distancia de você”, acrescentou Bolsonaro.

Após Datena questionar sobre uma possível iminência de uma Terceira Guerra Mundial e a hipótese de um conflito entre EUA e Irã, Bolsonaro respondeu: “Datena, o poderio bélico dos Estados Unidos não se compara com o poder bélico de países da América do Sul. Estados Unidos, China, Rússia e outros países têm potencial bélico nuclear para destruir o mundo algumas vezes.

O Brasil optou, no passado, por vias pacíficas. O Brasil abriu mão, na Constituição, de ter um poderio bélico nuclear. Nós temos que medir bastante as nossas palavras. Eu, como chefe de Estado, o que eu falar para você pode ser manchete no dia seguinte. Nós queremos paz, mas há uma velha máxima no meio militar: ‘Quem quer a paz tem que se preparar para a guerra’. (…) Que as minhas palavras não tragam qualquer conflito, qualquer apreensão para nós, brasileiros”.


Ele criticou, ademais, a política externa aplicada no governo petista: “Você citou um tal de Celso Amorim. Sempre esteve na extrema-esquerda. Quando a Bolívia tomou nossa refinaria, ele falou que a Bolívia fez a coisa certa. Sempre criticou os americanos, chamou de imperialistas. Passou pelo Ministério da Defesa e fez um péssimo trabalho. Os militares só aceitaram por ser da democracia. Ele tem lado, um lado oposto ao que estou no momento”.

“O que podemos fazer é torcer e esperar dê tudo certo e que não tenha reflexos no aumento dos preços dos combustíveis no Brasil”, sintetizou o presidente.

Veja o Vídeo.



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