Nesta terça-feira (24), um forte terremoto atingiu o norte do Paquistão, bem próximo a sua fronteira com a Índia.
Dezenove pessoas morreram, na tragédia, e mais de 300 pessoas ficaram feridas com o terremoto, segundo a polícia local, todas do lado paquistanês do muito disputado território de Caxemira.
O terremoto foi de magnitude 5.6 e seu epicentro foi captado a 23km, no norte de Jhelum, a aproximados 10km de profundidade, segundo o USGS, Serviço Geológico dos EUA.
Grande parte da destruição aconteceu na área entre Jhelum e Mirpur, segundo o chefe do órgão responsável por gerenciar os desastres no Paquistão, Mohammad Afzal, que também é tenente-general.
O terremoto não foi sentido apenas na região da Cachemira, mas também em algumas províncias da Índia, como Punjab, Haryana e Rajasthan.
Raja Faroog Haider Khan, que é primeiro ministro da Caxemira, contou à AFP que os feridos foram encaminhados para um hospital de Mirpur, e os serviços médicos estão sendo devidamente realizados.
Algumas torres de telefonia, postes que levam energia elétrica e estradas ficaram completamente destruídas pelo desastre. Sardar Gulfaraz, inspetor geral adjunto da polícia local de Mirpur, contou que o abalo acabou abrindo algumas rachaduras, que podem ter seu tamanho comparados com carros, nas estradas da cidade.
O exército do Paquistão colocou seus aviões em movimento, para transportar tropas e médicos para as regiões afetadas pelo terremoto, contou um dos porta-vozes do estado.
Duas pessoas que presenciaram o desastre, em Mirpur, contaram à AFP que um prédio acabou desabando na cidade, que é muito conhecida por suas residências de alto padrão e boa relação com o Reino Unido.
Mirpur tem apenas 450 mil habitantes, e cerca de metade dos cidadãos possuem passaporte britânico e paquistanês.
A Caxemira, que atualmente é controlada pelo Paquistão, sofreu com um terremoto de magnitude 7,6 de 8, em 2005, este desastre ficou marcado por ter tido mais de 73 mil óbitos e aproximadamente 3,5 milhões de desabrigados.
