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domingo, 2 de agosto de 2020

Felipe Neto foi condenado a pagar indenização ao presidente da FUNAI por espalhar mentiras contra ele


Alçado a exemplo de “vítima de fake news” por autoridades e recentemente convidado por Rodrigo Maia para discutir o PL das Fake News, Felipe Neto foi condenado recentemente por disseminar um boato, notícia falsa.

Em junho, a juíza de Direito Giselle Rocha Raposo condenou o youtuber a indenizar em R$ 8 mil o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva, por, além de emitir mera opinião a respeito do trabalho e da pessoa de Silva, fazer as seguintes acusações:

  • Ajudar invasores de terras indígenas;
  • Ser reprovado em prova da PF por problemas psicológicos/ ter problemas mentais;
  • Agredir o pai idoso com um murro na cara.

Na tentativa de se livrar da condenação por danos morais, a defesa de Felipe Neto afirmou que ele havia apenas replicado conteúdo veiculado para a imprensa. Nesse sentido, mencionou duas reportagens publicadas pelo jornal carioca O Globo e uma da revista Época. A juíza, no entanto, considerou que o youtuber foi além de expor os conteúdos em questão.

A juíza fez questão de sinalizar o perigo em se disseminar as chamadas fake news: “Há que se observar o grande poder da ‘desinformação’ que mensagens descontextualizadas podem trazer ao público que deposita, sem questionamentos e averiguações, suas crenças e convicções numa figura influenciadora”.

Por fim, a juíza reforçou que Felipe Neto foi além de opinar. De acordo com ela, o influenciador ajudou a espalhar informação sem veracidade comprovada. Assim, desinformou e ofendeu o então recém-nomeado presidente da Funai. “No caso, entendo que o requerido agiu com abuso de direito ao ultrapassar o amplo direito de expressão e lançar ponderações desnecessárias e descontextualizadas”.

Créditos e mais detalhes: Revista Oeste

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