Na noite de ontem, quando o Congresso iniciava a votação dos vetos presidenciais, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, suspendeu a sessão, deixando a apuração de votos para hoje, e apresentando um novo cronograma para as votações, que, segundo ele, teria sido acordado em uma reunião de líderes.
O deputado Paulo Ganime, líder do Novo, afirmou que não foi chamado a participar de qualquer reunião oficial, mas foi ignorado pelo presidente do Senado, assim como outros deputados que apontavam que a decisão de Alcolumbre era inconstitucional.
A mudança no cronograma inclui a votação de projetos de lei enviados ontem mesmo pelo Executivo ao Congresso, o que gerou rumores de que teria havido um acordo para dividir o valor de 30 bilhões de reais que o Congresso tenta tomar do Executivo.
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O deputado Eduardo Bolsonaro, em vídeo, afirma que não houve nenhum acordo para dividir os 30 bilhões de reais. Segundo o deputado, os projetos enviados determinam que, se houver excedente no orçamento, o presidente enviará projetos ao Congresso determinando as áreas às quais os recursos devem ser destinados.
O relator da LDO, então, fará a destinação dos recursos dentro de cada área. Eduardo Bolsonaro agradeceu a pressão popular pela manutenção do Veto 52, dizendo: “Se não fossem vocês, hoje talvez o Congresso estivesse derrubando o veto e criando a figura do super-relator”.
Eduardo Bolsonaro também recomendou a leitura da mensagem que o presidente Jair Bolsonaro divulgou pelas redes sociais. Bolsonaro disse: “Não houve qualquer negociação em cima dos R$ 30 bilhões.
A proposta orçamentária original do Governo foi totalmente mantida. Com a manutenção dos vetos está garantida a autonomia orçamentária do Poder Executivo. O projeto de lei encaminhado hoje preserva a programação original formulada pelo Governo”.
Veja o Vídeo.